sexta-feira, 8 de janeiro de 2010

Carregar.

Estou parada, fitando o nada como se fosse tudo. Minha visão embaça, sinto em meu rosto lágrimas caindo, a mesma molha a minha boca, lágrima tão salgada quanto a minha dor, tão amarga quanto a minha solidão. Mas não sei como isso foi acontecer, se era tão doce a minha felicidade. Tal felicidade que há um tempo eu não sei como é, desde quando .. você me deixou. Você levou ela contigo, e nem se importou. Você nem se quer olhou pra trás. Mas me deixou com dor, uma dor que você não seria capaz de carregar consigo mesmo, uma dor que eu achava que não seria capaz de carregar. Mas surpreendentemente, eu consigo .. até quando eu não suporto mais ela. Até quando ela se espalha por todo meu corpo, e se infiltra em meu sangue, até quando ela me faz querer tirar minha própria vida. Eu consigo carregá-la. E mesmo, com toda essa dor, eu ainda espero que você entre pela mesma porta que saiu e diga o que eu preciso ouvir, aquelas três palavras que você dizia com tanta facilidade.

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