sábado, 29 de janeiro de 2011

L U T O, eterno.. Pai.

Nunca foi próximo, não exatamente. Mas só eu guardo os poucos anos que passei com você, sóbrio. Não tenho palavras para descrever o tamanho do vazio que você deixou em mim, quando se foi. Me sinto culpada por não ter feito nada para impedir seu fim, e ainda mais por te negar abraços, ou nunca ter lhe dito o quanto eu o amo. Eu sei que você está olhando por mim nos dias de hoje. Mas essa dor que me consome aos poucos quando lembro do seu olhar, é incurável. Um sorriso aberto, um andar humilde, palavras engraçadas.. Divertido! Divertido demais. Por onde passou deixou um pouco de sí. Se doou a vida o tanto que pôde, e nada em troca recebeu. Sem fé, sem atributos, sem auto-conhecimento, e mesmo assim.. mais feliz do que muita gente milionária por aí. Daqui para frente te ter no pensamento é necessidade. Eu prometo nunca te decepcionar, e te orgulhar. O seu lugar está intacto onde sempre esteve.. Me calo por instantes pra engolir meu choro novamente. Não esqueço de te amar.. ainda que me chovam lágrimas!